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O Meio Circundante

O Projeto Educativo surge como um instrumento que vai possibilitar a definição e a formulação das estratégias que vão fazer do Agrupamento de Escolas de Cuba, o espaço organizacional onde se decidem os desafios educativos, funcionando como fator impulsionador da sua autonomia. Comungando destes pressupostos a contextualização do Meio e do Agrupamento, são essenciais para identificar o seu respetivo âmbito de aplicação.

 

1- O Meio circundante

1.1- Situação Geográfica

O concelho de Cuba situa-se a 18 Km a Norte de Beja, é um dos mais pequenos do distrito com uma área de 18 000 ha.

O concelho é limitado a Norte, pelos concelhos de Viana do Alentejo e Portel; a Este pelo concelho de Vidigueira; a Sul pelo concelho de Beja e a Oeste pelos concelhos de Ferreira do Alentejo e Alvito.

Atualmente pertencem a este concelho a vila de Cuba, as aldeias de Vila Alva, Vila Ruiva, Faro do Alentejo e o lugar de Albergaria dos Fusos.

 

1.2- Breve Historial - Monumentos

Criado por alvará de D. Maria de 18 de Dezembro de 1782 o concelho de Cuba englobava então as freguesias de Pedrógão, Marmelar, Selmes e parte de S. Matias. Por esta altura as freguesias de Vila-Alva, Vila-Ruiva, Faro do Alentejo e Albergaria dos Fusos ainda constituíam concelhos independentes, situação que se manteve até 6 de Novembro de 1839, quando estes concelhos foram extintos.

As interpretações quanto à origem do topónimo Cuba adiantam duas hipóteses: uma segundo a qual Cuba seria a adulteração da palavra árabe COBA que quer dizer TORRINHA (diminutivo de Torre), e outra que vai buscar a sua explicação ao facto dos soldados de D. Sancho II terem encontrado muitas cubas de vinho quando da conquista da vila aos mouros.

Esta região foi habitada desde épocas muito remotas. Aqui se encontram alguns exemplares da cultura Megalítica - três antas, duas situadas nos arredores de Vila Alva e a outra próximo de Albergaria dos Fusos.

Foram encontrados achados soltos e calhaus truncados, núcleos e lascas em Cuba, na pequena elevação das Hortas de Manteigas e junto da Ermida de Nossa Senhora da Conceição da Rocha.

Da época romana pode admirar-se a ponte de Vila Ruiva e os restos de muros, do que pode ter sido uma "Vila"  rústica, no Monte do Outeiro.

Do tempo de ocupação árabe não se encontram monumentos ou ruínas, ficando no entanto algumas lendas e a hipotética origem do topónimo da sede do concelho.

Até há trinta anos era possível observar um cemitério Medieval no adro da Igreja Matriz de Vila Ruiva. Esta igreja é o único exemplar de arte Gótica na região.

As igrejas do concelho apresentam frescos de diversas épocas.

Cinco igrejas do concelho apresentam magníficos painéis de azulejos policromos do séc. XVII.

Da arte Manuelina pouco resta, é de referir o portal que pertenceu à casa de campo do Infante D. Luís, filho de D. Manuel I, e que se  encontra  atualmente na Ermida de Nª Srª da Conceição da Rocha.

A vila foi criada em 1782 por alvará de D. Maria.

 

1.3- Arquitetura civil

A arquitetura tradicional ainda continua patente nas ruas da vila e aldeias do concelho.

Podemos observar as casas baixas de um piso, encostadas umas às outras, dando lugar a ruas estreitas e bem alinhadas.

O casario é branco, caiado, com barras coloridas a ocre ou azul, orlando janelas e portas.

As aberturas para o exterior são mínimas, impedindo a entrada de calor no prolongado estio. Os telhados são de telha assente em caniçada permitindo a saída do ar quente por convecção. As chaminés são rasgadas para facilitar o fumeiro dos enchidos de porco. As divisões interiores recebem luz por telha de vidro, não têm janelas. Existe sempre um quintal nas traseiras da casa, com as árvores constantes deste clima, como laranjeira, limoeiro, figueira ...

Este tipo de casa está perfeitamente adaptado à aridez do clima e funcionalidade de vida do camponês.

Hoje a construção não é exatamente assim, a taipa deu lugar  ao tijolo, as canas foram substituídas por vigas de cimento, contudo, os serviços oficiais aconselham uma arquitetura com as mesmas linhas, o uso de madeiras e a pintura em branco. Deste modo os novos bairros enquadram-se com o casario antigo.

Para além da casa descrita existe também a casa do lavrador rico, com dois andares, muitas janelas envidraçadas e sacadas de ferro forjado. Em todas elas aparece o grande quintal com cavalariças e arrecadações necessárias à vida agrícola.

 

1.4- População

Os últimos dados do Instituto Nacional de Estatística (1991) estimam a população do concelho em 5 434 habitantes, distribuída por 2 669 homens e 2 765 mulheres.

Um dos principais problemas com que a região se debate é a perda de população, devida à corrente migratória para os grandes centros urbanos (cintura industrial de Setúbal e Lisboa) e emigração.

Este fluxo migratório não é de estranhar numa região em que a principal atividade da população ativa está ligada à agricultura. A mecanização crescente nas últimas décadas levou à diminuição massiva de postos de trabalho.

Longe vão os tempos em que o alqueive, a sementeira, a monda e a ceifa eram feitos à força de braços e muito suor. Tendo-se substituído a mão de obra por máquinas, o homem do campo sem terras, é obrigado a partir em demanda de trabalho. Deste modo, hoje o concelho apresenta uma população envelhecida, não só pela perda de jovens, mas também pela baixa na taxa de natalidade.

A taxa de analfabetismo é muito elevada, em 1981 era de 35,4%, abrangendo principalmente os mais idosos.

Atualmente, a população ativa reparte-se em assalariados camarários,  sendo a C. M. C.  o principal empregador do concelho, pequenos agricultores,  funcionários da C.P. e outros que se deslocam à sede do distrito onde desempenham as suas atividades, principalmente na área de serviços.

 

1.5- Estruturas de apoio à população

No que se refere à educação o concelho dispõe de um agrupamento de escolas, englobando os três ciclos do Ensino Básico e uma unidade de apoios especializados.

Para além do Agrupamento de Escolas de Cuba, existe uma Escola Profissional e de um Infantário/Creche da Stª Casa da Misericórdia de Cuba, onde as crianças podem desenvolver-se em harmonia até ao ingresso na vida escolar.

Cuba, dispõe de um Pavilhão Gimnodesportivo, Biblioteca, Centro de Saúde, Lar de 3ª Idade, Farmácia, Piscina descoberta e coberta, Campos de Ténis, Centro Cultural, Bombeiros, Finanças, Tribunal, Câmara...

Na vila os habitantes podem encontrar todas as estruturas de apoio necessárias à sua vida diária, notando-se contudo a falta de indústria forte que segure os jovens. Aqui, quando terminam os estudos, debatem-se com o problema de desemprego, sendo obrigados a partir.

Também o comércio é insipiente, predomina a pequena loja, onde há de tudo um pouco, mas onde é impossível encontrar material específico de uma atividade.

 

1.6- Meios de transporte

A Rodoviária Nacional assegura três carreiras, nos dias úteis, entre as aldeias - vila - cidade.

Este número é insuficiente e obriga muitas vezes a longas horas de espera até ao regresso a casa.

A C. P. também tem vários comboios com ligação da vila de Cuba a Beja e, no outro sentido a Évora ou Lisboa.

No conjunto, estes meios de transporte não respondem às necessidades das populações.

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